O sábado 4 de Outubro Estaleiro Editora teve um pretexto para ir à Pedra, a zona velha de Vigo. Havia um convite de Raquel Paz, responsável pela Comissão de Língua do C.S. A Revolta, quem mostrara o seu interesse por incluir nas actividades do centro uma apresentação do seu projecto editorial. Tal interesse derivava do firme compromisso da editora com a língua do país e ainda, do seu respeito pela escolha normativa dos autores ou autoras. Aliás, esse dia foi a primeira oportunidade para apresentar em sociedade o que hoje continua a ser o livro mais recente de Estaleiro (e primeiro número da série de ensaio), A revolução pendente. Feminismo e Democracia. Junto a Estaleiro, representada na ocasião por Alba Viñas, e para além de Raquel Paz (revisora, aliás, do livro), esteve o autor do livro, Carlos Diegues.

O acto começou um bocado tarde, passadas as nove da noite, embora não tardasse em captar o interesse do público habitual do centro; nesse sentido, Estaleiro beneficiou-se da convocatória de actividades anteriores e posteriores. Por isso, na medida em que avançava a palestra, o local ia enchendo-se cada vez mais. Alba Viñas, a representante de Estaleiro, expôs durante uns dez minutos as linhas básicas do projecto editorial, e nos quinze minutos seguintes, Diegues analisou as chaves do seu livro, tentando suscitar no público uma série de questões para o debate, que afinal foi bastante animado. Falou-se, por só lembrar algum dos pontos fortes, da relação entre o feminismo e outras ideologias, como o socialismo, da compreensão do conceito de democracia, do papel da utopia no movimento feminista, e outros, o qual alongou o encontro fora do tempo inicialmente marcado. Viu-se, pois, que o projecto editorial e o livro gozaram da aceitação geral; por isso, Estaleiro Editora valoriza a presença em Vigo como um autêntico sucesso, para o centro social, a Revolta, para o autor e, naturalmente, para a própria Estaleiro.


Advertisement